A jogos de azar: “Violação da lei de Deus, tal como a adoração de
ídolos, homicídio, roubo, profanação, jogos de azar, transgressão do
sábado, e falsidade voluntária e habitual” (p. 194,195).
Seria mero capricho da igreja ser contra
jogos de azar? Não. Veja que a Bíblia é clara ao dizer que
deveríamos trabalhar para ganhar nosso sustento: “Tomou, pois, o Senhor
Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”
(Gn. 2:15). E depois do pecado, o meio para se obter o sustento não foi
mudado. Ainda deveria ser pelo trabalho: “No suor do rosto comerás
o teu pão” (Gn 3:19). Veja, ainda, o que
Paulo diz:” [...] nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo
contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim
de não sermos pesados a nenhum de vós; [...] se alguém não quer
trabalhar, também não coma” (2Ts 3:8,10).
Qualquer outro meio para se conseguir o
pão que não seja por um trabalho e, acima de tudo, honesto, está fora do
ideal de Deus para o sustento do ser humano.
Note que o profeta Isaías (55:2) adverte
sobre “[gastar] o dinheiro naquilo que não é pão” Isso indica que o
uso do dinheiro deve ser feito com muito critério, em coisas que
realmente são necessárias, e não ser gasto tentando a sorte em jogos,
onde raramente ou nunca se ganha, e
quando se ganha é às custas do sofrimento de milhares que perderam seu dinheiro. Imagine: ganhar às custas de quem perdeu. Seria isso cristão?
quando se ganha é às custas do sofrimento de milhares que perderam seu dinheiro. Imagine: ganhar às custas de quem perdeu. Seria isso cristão?
Poderíamos assim resumir as diversas razões pelas quais um cristão não deve se envolver em jogos de azar:
1. Não é o meio indicado por Deus para se conseguir o sustento, que é trabalhando (Gn 2:15; 3:19; Is 55:2; 2Ts 3:7,8,10-12, etc).
2. É dinheiro ganho às custas de quem perdeu o seu no jogo (dinheiro que faz muita falta no lar).
3. É uma tentativa de
ganhar dinheiro fácil, sem o ”suor do rosto” Esta maneira de viver,
muitas vezes leva ao roubo e à desonestidade (outras maneiras de se
tentar ganhar dinheiro fácil).
4. Jogos de azar podem
viciar, e o vício é uma espécie de idolatria ( um ídolo é tudo aquilo a
que dedico meu tempo, minhas energias e meus bens). E os idólatras
não herdarão o reino de Deus ( I Co 6:9).
5. Geralmente, o lugar e
os companheiros de jogo não ajudam em nada a vida espiritual. Em vez
disso, tornam-se forças contrárias ao bem e ao crescimento da
espiritualidade. Junto com o jogo de azar, geralmente, andam o tráfico
de drogas, de armas, a prostituição, etc.
6. Mesmo sendo lícitos pelas leis do Estado, o cristão tem, como sua lei maior, a Santa Bíblia, que é contrária a esses jogos.
“Parece que precisamos de uma lei para
acabar com as escolas de jogo. Estas proliferam em toda parte. Mesmo
a igreja (inadvertidamente, sem dúvida) algumas vezes faz a obra do
diabo. Concertos com fins beneficentes, bingos e rifas, algumas vezes em
auxílio de objetivos religiosos ou caritativos, mas freqüentemente com
finalidades menos dignas, sorteios de prendas, jogos de prêmios,
etc, são todos expedientes para se obter dinheiro sem retribuição
correspondente. Nada é tão desmoralizador ou pernicioso, particularmente
para os jovens, como a aquisição de dinheiro ou propriedade sem
trabalho. Se pessoas respeitáveis se empenham nessas empresas de azar e
acalmam a consciência com o pensamento de que o dinheiro se destina a um
bom fim, não é para se estranhar que a juventude do Estado tão a miúdo
caia nos hábitos que, com quase toda a certeza, a tornarão afeiçoada
aos jogos de azar” (Governador Washburn, de Wisconsin, em sua mensagem
anual, em 9 de janeiro de 1873, citado por Ellen G. White, em O Grande
Conflito, p. 387).
Finalmente, alguém perguntaria sobre o
que deveria ser feito com irmãos que jogam. Diria que o pastor, anciãos
e outros oficiais da igreja os visitassem, mostrando-lhes o que a Bíblia
diz sobre o assunto de como se conseguir o pão de cada dia. Se, apesar
de todo o esclarecimento recebido, persistirem no jogo, podem sofrer
disciplina eclesiástica.
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