O homem que viveu 15 anos com um lápis na cabeça


Está a imaginar aquelas histórias que vê na televisão e diz: isso nunca aconteceria na vida real? Pois, nós contamos-lhe cinco que provam que até podiam acontecer. Ai podiam, podiam.

A primeira é a de um jovem afegão de 24 anos. Quando o médico lhe disse que o exame à cabeça mostrava que tinha um lápis alojado nos seios paranasais, até à faringe, e que era isso que lhe estava a causar as fortes dores de cabeça e a falta de visão, deve ter demorado algum tempo para se recordar do que ocorrera 15 anos antes. E depois lá disse que tinha uma vaga lembrança de cair aos 9 anos: caíra e desde então sofrera várias hemorragias. Mas, um lápis? Apesar das dúvidas ele estava lá e os médicos conseguiram tirá-lo. A visão do afegão melhorou, se bem que não na totalidade.
Já sabemos o que está a pensar: até é possível viver com um lápis no nariz durante 15 anos. Mas e se lhe dissermos que uma mulher foi dada como morta e os médicos só descobriram que estava viva quando lhe iam colher os órgãos?

Deve ser mito urbano, não? Se perguntar a Colleen Burns, ela vai dizer que não. Que foi o que lhe aconteceu. Em 2009, aos 41 anos, Colleen tomou uma dose excessiva de medicamentos e foi levada para um hospital nova-iorquino onde declararam que estava em morte cerebral.

Como Colleen tinha declarado que queria doar os seus órgãos, o corpo começou a ser preparado. O hospital colocou uma enfermeira a realizar os últimos testes, para fazer prova absoluta de que a paciente estava mesmo morta. Quando lhe coçou a sola do pé, a paciente reagiu. Os seus dedos encolheram-se e isso devia ter sido motivo para a enfermeira lançar o alerta de que, afinal, Colleen poderia não estar em morte cerebral. Mas continuou a prepará-la para a recolha.

Quando já estava na sala de operações, Colleen abriu os olhos. Estava viva. O hospital acabou por ter de pagar 22 mil dólares (cerca de 16.200 euros) de indemnização devido à sua negligência.
Em Maio deste ano, a professora Erica Nigrelli estava a três semanas do fim da gravidez e continuava a trabalhar. A meio de uma aula, sentiu uma tontura e viu algumas manchas. Achando que tinha algo a ver com a gravidez, dirigiu-se a uma sala próxima para pedir ajuda a um colega. Mas acabou por desmaiar no corredor e começou a espumar da boca.

Erica não sabia, mas tinha uma cardiomiopatia hipertrófica, que fazia com que o músculo do coração ficasse mais grosso. Um dia, no meio da aula, o coração de Erica parou. Morreu a caminho do hospital, mas os médicos conseguiram salvar o bebé. Já estavam a declarar o óbito da mãe quando o seu coração voltou a bater. Depois de cinco dias em coma induzido, recuperou.
Durante 66 anos da sua vida trataram-no como um homem. A barba comprida ajudava a passar essa ideia. Mas, um dia, aquele indiano de 1,35 metros de altura e um pénis muito, muito, muito pequeno, começou a ter dores abdominais. Além disso, sentia um grande inchaço naquela área.

A dor era tão incómoda que foi ao médico, onde este lhe disse que tinha um quisto no ovário. Como assim, se era um homem? Essa era a segunda parte da notícia: sofria de hiperplasia adrenal congénita, o que causava uma mutação genética que provoca o crescimento do clítoris em indivíduos do sexo feminino. Ou seja, o senhor não tinha um pénis pequeno. A senhora é que tinha um clítoris grande.

E as más notícias continuaram: o indiano sofria também de síndrome de Turner, daí a sua pequena estatura. Esta condição causava também infertilidade - o que para um pretenso homem de 66 anos, sejamos sinceros, era o menor dos seus problemas. Mas, agora que sabia a verdade, quereria tornar-se mulher, ou não? Não. Quando lhe removeram o quisto, pediu que lhe tirassem também o útero e as trompas, porque queria continuar a ser um homem.
Joe Nagy esperou um ano antes de ir ao médico: estava sempre a fungar e a ter de assoar o nariz. Mas o que o médico lhe disse é que o que há 12 meses lhe saía do nariz era um fluido que saía do seu cérebro. Como? Tinha um buraco na membrana que envolve este órgão. O problema foi resolvido com uma agulha colocada no nariz e que voltou a colar a membrana.

Então, estes casos reais parecem histórias de filme, não é?

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