Uma cratera de 50 metros de extensão se formou no final de semana no bairro José Sampaio, periferia de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), e obrigou duas famílias a deixarem suas casas. O local foi interditado.
De acordo com moradores da rua Elídio Vieira de Souza, uma pequena fissura de cerca de cinco centímetros foi vista no asfalto por volta das 16h.
Em menos de duas horas, a cratera já tinha 50 metros de extensão na rua. As rachaduras pararam a pouco centímetros dos imóveis.
Moradores de duas casas vizinhas foram removidos até que o trabalho, que deve durar cerca de 30 dias, seja concluído. A família de uma terceira residência não quis deixar o local.
"Não acho que tenha risco de as rachaduras se expandirem para minha casa. Agora o buraco parou de crescer", afirmou o bancário Márcio Bergamasco, 56, proprietário do imóvel.
No entanto, ele confessou ter perdido o sono para verificar as rachaduras no asfalto durante a madrugada.
De acordo com o secretário de Obras, Abranche Fuad Abdo, a principal hipótese é que alguma rede subterrânea tenha se rompido, provocando erosão e, consequentemente, afundamento do asfalto.
A segunda possibilidade é que a erosão nas margens do córrego dos Campos, que passa ao lado da rua, tenha provocado a cratera.
A primeira providência da administração foi desviar a rede de água da rua para garantir o abastecimento das casas do bairro.
Nesta segunda-feira (11), a prefeitura iniciou a retirada da rede de esgoto e de galerias pluviais para evitar novas rachaduras.
De acordo com a aposentada Neuma Sacramento de Souza, 58, os problemas de erosão no local ocorrem há anos devido à falta de manutenção no córrego.
"Nunca fizeram canalização desse córrego, as paredes foram se abrindo e quando chove a água desce de forma muito violenta", afirmou a aposentada.
Segundo ela, o terreno ao lado do córrego está limpo porque os moradores fazem a limpeza e capinam.
Por causa do problema, a prefeita Dárcy Vera (PSD) determinou a contratação emergencial, sem licitação, de uma empresa para iniciar os reparo no local.
Os moradores, no entanto, continuam preocupados.
"Nesse período começam as chuvas. Nós temos medo de que, com algum temporal, possa acontecer alguma tragédia, perdermos nossas casas ou até mesmo alguém cair dentro dessa cratera", disse a aposentada.

fonte: Folha de São Paulo

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